A Igreja de Jesus Cristo nunca pertenceu a um só povo nem a uma só cultura, mas desde o início fora destinada à humanidade. As últimas palavras que Jesus disse aos seus discípulos foram: “Fazei discípulos meus de todos os povos” (Mt 28, 19). A opinião geral é que as religiões se coloquem, por assim dizer, uma ao lado da outra, assim como os continentes e os países sobre a carta geográfica. Entretanto, isso não é correto. Esta renúncia à Verdade parece realista e vantajosa para a paz entre as religiões do mundo. No entanto, é letal para a fé. De fato, a fé perde seu caráter vinculante e a sua seriedade se tudo se reduz a símbolos intercambiáveis, capazes de remeter somente de longe ao inacessível mistério do divino. Existem religiões em espera. As religiões tribais são desse tipo: têm o seu momento histórico e, no entanto, estão à espera de um encontro maior que as leve à plenitude. Nós, como cristãos, estamos convencidos de que, em silêncio, elas estejam esperando o encontro com Jesus Cristo, com a luz que d’Ele provém, a única que pode conduzi-las completamente à Sua verdade. E Cristo as espera.