Quando, na missa, o padre proclama: “Corações ao alto” (Sursum corda, em latim), não é mera retórica ou evocação ritualística. Como tudo que está inserido na sagrada hora da comunhão, este termo tem a função de encaminhar nossos pensamentos para as coisas do Céu, ou seja, é a chance que temos de abdicar do nosso ego, que estejamos entregues a Deus, é a preparação ao sacrifício de Cristo.
Corações ao alto, obra de cunho apologético e espiritual, a partir de premissas psicológicas, é um dos mais completos tratados da alma humana.
O livro divide-se em 3 partes: “A dimensão do Ego” trata dos tortuosos caminhos que levam o homem a uma vida em pecado; em “O nível do Eu” temos a síntese a respeito da sede de aderir a virtudes que há em todas as pessoas; por fim, em “O nível Divino”, vê-se a busca por uma vida verdadeiramente espiritual.
Distante dos meandros pseudopsicológicos, Fulton Sheen, com maestria e simplicidade, nesta obra mostra que “conforme morre o ego, o eu nasce; e o eu entrega-se deliberadamente a Deus revelado no Cristo Jesus, a vida encontra um novo centro n’Ele”.