Entre as tantas deturpações propositais da modernidade – principalmente em sua saga insana por criar uma metafísica que lhe convenha, a que faz menção à palavra “místico”, decerto, é a que mais se alastra até hoje entre aqueles que, no conforto de suas penitências impunes, decidem crer numa divindade que sempre lhes aparece quando e colocam frente a um espelho. Porém, é necessário lembrar, para fins educativos e teológicos, que vem de São João Crisóstomo a apropriada junção da palavra “místico” com ” corpo”. Logo, o “corpo místico” é a Eucaristia.
Nesta já considerada obra-prima do Venerável Fulton Sheen, compreendemos que O Corpo Místico de Cristo faz menção à Igreja, não como mera instituição, mas como a materialização das liturgias, no intuito de ligar o homem a Deus. A Igreja é a ponte que liga a vida material à vida espiritual. É ela o Corpo Místico de Cristo porque se encontra no meio-termo entre a versão humana e a espiritual daquele que veio para nos salvar, “‘Corpo Místico’ não representa, portanto, uma abstração; refere-se a algo visível e invisível, tangível e intangível, algo humano e algo divino”